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Guignard viveu e morreu como bem quis
FRANCO, José. Guignard viveu e morreu como bem quis. In: O Cruzeiro. Rio de Janeiro, 04 de agosto de 1962, p. 78-81.
 

— Nasceu em 25 de fevereiro de 1896, em Nova Friburgo.

— Viúvo sem filhos.

— Católico.

— Pesava 86 quilos.

— Colarinho 43 e sapato 42.

— Usava óculos (vista cansada).

— Seu apelido: Pepe de las Bananas.

— Teve uma infância agradável em Petrópolis. Morou em Munique, de 1912 até 1930.

— Se pudesse recomeçar a vida, gostaria de ser pintor surrealista ou marinheiro.

— A maior emoção que já teve: em 1914 quase morreu num naufrágio no navio “Alcina”.

— Falava e escrevia italiano, francês, alemão e português.

— Já jogou muito tênis, que foi o seu esporte favorito.

— Nunca deu valor a dinheiro.

— Seu prato predileto: bife com batatas fritas.

— Gostava de beber cerveja, e, na Europa, vinho branco e tinto.

— Era homem que se apaixonava facilmente, desde que a mulher fosse bonita.

— Calmo.

— Não tinha medo de morrer.

— Suas frutas prediletas: maçã e laranja.

— Gostava muito de dançar.

— Sempre que fazia um trabalho, agradecia a São Francisco de Assis.

— Era cognominado “São Alberto da Veiga Guignard” da paisagem brasileira.

— Costumava distribuir balas às crianças quando estava pintando.

— Saia de casa às 8 e só almoçava às 16 horas.

— Depois de estar com 62 anos é que veio a usar bigodes.

— Sempre que recebia dinheiro, comprava logo material de pintura.

— Aprendeu a pintar acadêmicamente na Europa, mas foi no Brasil que sua pintura tomou aspecto mais importante.

— Pintores brasileiros vivos de sua admiração: Portinari, Di Cavalcanti, Noêmia, Goeldi.

— Dos mortos: Ismael Nery, Lasar Segall, Pancetti e Santa Rosa.

— Gostava muito dos escritores Edgard Poe, Balzac e Victor Hugo.

— Brasileiros: Jorge de Lima, Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia.

— Gostava de pintar quando se sentia mais triste.

— Gostava de teatro dramático.

— Compositores prediletos: Palestrina, Beethoven, Bach, Haendel, Ravel e Debussy.

— Gostava, mas não muito, de música popular.

— Não fumava.

— A cidade que mais amava: no Brasil, Ouro Prêto, e na Europa, Veneza.

— O quadro mais caro que vendeu: Marília de Dirceu (Cr$ 100.000,00) ao Museu de Belas Artes.

— Teve como professores: Groeber e Hengeler, o primeiro, no desenho, e o segundo, na pintura.

— Gostava muito de viajar, principalmente de navio.

— Não estava contente de si mesmo com relação a sua pintura.

— Esperava realizar coisa melhor para o futuro.

— Ganhou todos os prêmios do Salão Moderno do Rio de Janeiro.

— Maiores colecionadores de seus quadros: Barros de Carvalho e um filho de Nereu Ramos.

— Podia pintar um quadro em duas horas, mas um desenho levava pelo menos quatro horas.

— Não usava borracha, pois tinha traço certo.

— Tem quadros nos seguintes Museus: Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de Nova York.

— Considerava o desenho uma arte mais pura.

— Seu maior desejo era ter uma casa para si e um retiro para os artistas em Ouro Prêto.

— Era homem de grandes paixões.

— Veio a Belo Horizonte a convite de Juscelino Kubitschek e do Arquiteto Oscar Niemeyer.

— Seus pintores prediletos: Utrillo, Dali, Diego de Rivera e Chagall.

— Não era apaixonado por Picasso.

— Dos pintores clássicos, gostava de Cimabure, Giotti, Boticelli, Leonardo da Vinci e Piero de la Francesca.

— Seus maiores amigos: Lúcia Machado, Samuel Koogan, Santiago Americano Freire.

— Seus alunos preferidos: Mário Silésio, Marília Gianetti Torres, Amilcar de Castro, Heitor Coutinho.

— Gostaria de morrer rápido e ser enterrado ou em Petrópolis, no mausoléu de seu pai, ou em Ouro Preto, na Igreja de Santa Ifigênia.

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