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Guignard retratou espontaneamente pessoas com quem convivia, oferecendo o resultado do seu trabalho como forma de evidenciar seus laços de afetividade. Por vezes, pintava retratos de suas alunas, moças, que por vezes, se apaixonava, usando a pintura como uma forma de aproximação e demonstração de carinho. Não por acaso, em Minas Gerais produziu a maior parte de seu retratos. Cercado de alunas, devido a concentração feminina que o cenário mineiro lhe ofereceu, o nosso eterno apaixonado acabou por pintar várias de suas musas inalcançáveis! Apaixonando-se sucessivamente pelas alunas, sempre de forma discreta e platônica, ficava à espera de uma correspondência que nunca acontecia. 

Ainda no Rio de Janeiro, Guignard retratou Maria Campelo, aluna do grupo A Nova Flor de Abacate, também conhecido como grupo Guignard. Sobre um fundo azul com montanhas e nuvens, a pintura do rosto, do decote e do vestido tem um delineado escuro, que separa a modelo da paisagem. 

Em 1945, o artista pintou o Retrato de Ione Fonseca, uma das primeiras jovens por quem havia se enamorado na nova cidade. Ione frequentou a primeira turma da Escola do Parque, em Belo Horizonte, entre 1944 e 1947. Em seu retrato, Guignard usa cores vibrantes e uma luz intensa projetam na face, nos cabelos e na sua roupa. A jovem aparece de modo afrancesado, com um lenço vermelho no pescoço, e um batom vermelho vivo.

 

Por fim, o Retrato de Sara Ávila, aluna de Guignard entre 1953 e 1955, na Escola de Belas Artes (hoje escola Guignard) fundada em Belo Horizonte, com o apoio do então prefeito Juscelino Kubitscheck. Sara foi retratada em 1954, sendo representada com os brincos e bordados a moda de Joséphine de Beauharnais. Destaque para o fundo com uma paisagem imaginária com montanhas e nuvens.

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